Edifícios que consomem pouca energia ganham selo de eficiência
Para obter a certificação é preciso seguir algumas exigências que asseguram uma economia de até 50% na conta de luz.
Edifícios que consomem pouca energia começaram a receber uma identificação especial - que pode representar um ganho na valorização do imóvel.
Há quase 20 anos o selo ajuda muita gente a levar para casa produtos que consomem menos energia. Quanto mais próximo da letra A, mais eficiência e maior economia.
“Hoje, o quanto a gente puder economizar na energia da casa, sempre muito bom”, conta o comerciante Sérgio Simões.
Agora a etiqueta tem novas aplicações: ela também está sendo usada para medir o consumo de energia de edifícios comerciais, residenciais ou órgãos públicos. Para obter a certificação é preciso seguir algumas exigências que asseguram uma economia de até 50% na conta de luz.
A fachada do prédio deve ajudar a manter a temperatura amena do lado de dentro. Usar com inteligência a luz do sol e lâmpadas econômicas contam preciosos pontos. Ventilação natural é importante, e aparelhos de ar-condicionado devem ser eficientes, com selo Procel.
“À medida que existem prédios etiquetados e prédios não etiquetados, as pessoas que vão aprender a usar essa informação vão dar preferência a esse instrumento, a essa informação nova”, explica Marcos André Borges, coordenador do programa de etiquetagem do Inmetro.
Ao todo, 22 edificações receberam a nova etiqueta em todo o país. É o caso de um condomínio em Palhoça, Santa Catarina.
“Um apartamento com grande redução do consumo de energia e, consequentemente, um condomínio mais barato”, conta o engenheiro Dilnei Bittencourt.
O apartamento da arquiteta Cláudia Krause, no Rio de Janeiro, é o primeiro do Brasil a receber a certificação individual, quando o imóvel é avaliado sozinho. Uma medida simples foi a abertura de novos basculantes para a circulação de ar dentro do imóvel.
“Em um ano inteiro a gente não usou ar-condicionado ou ventilador”, conta a arquiteta.
Cláudia já conseguiu reduzir a conta de luz em 20%. “Qualquer bom arquiteto e construtor pode fazer, com os recursos que ele tem. É benéfico para o usuário e para o coletivo”, afirma.
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